A pessoa cega precisa ir ao oftalmologista?

Uma pessoa cega possui uma condição caracterizada pela perda da habilidade de enxergar, mesmo com a melhor correção, cirurgia ou qualquer recurso óptico como óculos ou lente de contato.

Entretanto, o fato da cegueira não impede o desenvolvimento de outras doenças oculares. Apesar de não enxergar absolutamente nada ou pouquíssimo, existe o risco de desenvolver patologias na superfície dos olhos, por falta de lubrificação.  

Quais são as doenças oculares mais comuns em pessoa cega? 

A síndrome do olho seco é comum entre as pessoas que não enxergam. Por conta disso, os pacientes são mais suscetíveis ao aparecimento de conjuntivite e degeneração macular. 

O desconforto é enorme, mas não precisa ser assim! Apesar do órgão não realizar a sua principal função de enxergar, ainda, sim, requer cuidados específicos. 

Portanto, a visita ao oftalmologista não se limita apenas às pessoas que possuem uma boa visão, apesar de um diagnóstico de miopia e astigmatismo, por exemplo.

Ir periodicamente no profissional da vista pode resolver facilmente e até prevenir essas situações desconfortantes. 

Voltar a enxergar pode ser uma possibilidade? 

Infelizmente, a resposta não pode ser definitiva para todos os casos. Na verdade, o que vai demandar uma decisão concisa, é uma avaliação precisa do oftalmologista. 

Primeiramente, é fundamental saber qual é a origem da cegueira. A partir daí, o médico consegue analisar se existe uma possibilidade real de reverter o caso ou se a cegueira é irreversível. 

Aliás, os cegos e as pessoas que auxiliam o seu dia a dia, deveriam se preocupar mais em cuidar do olho, independente de ter visão ou não. 

Mesmo sem ser cego, algumas doenças podem causar a cegueira 

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), 60% dos casos de cegueira são evitáveis. Os casos poderiam nem ter acontecido se as pessoas se conscientizassem mais e fossem, pelo menos, uma vez por ano ao oftalmologista. 

Entre as causas mais frequentes estão a catarata, o glaucoma, erros refrativos, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Muitas delas aparecem sem sinal de sintomas, de maneira silenciosa. 

Quando o diagnóstico é feito, a doença já está no estágio avançado, muitas vezes sem opções de tratamento. Por isso, reforçamos a importância do diagnóstico precoce e acompanhamento oftalmológico durante todas as fases da vida.

Não espere aparecer um problema de visão

As pessoas deveriam parar com aquilo de: ‘’só vou ao oftalmologista quando a visão estiver ruim’’. Neste caso, a doença já pode estar num grande progresso, impossibilitando um tratamento e deixando danos para a vida toda. 

Além disso, o uso de colírios só deve ser feito após uma avaliação profissional. Apenas ele pode informar o uso correto e o produto adequado ao seu quadro. 

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